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DE LUIS D'AZEVEDO A MORTE DO IFANTE DOM PEDRO.

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169

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"A morte tenho passada e o medo ja perdido. pero levo gram sentido da infante lastimada.

e da rraynha muyto amada e meus filhos orfaōs leyxo deste todo me aqueyxo que da mortu nam do nada.

"Ora la vos temperay o melhor que ja poderdes pero sse ssyso tenerdes ssempre vos bem avysay. Cada dia esperay rreceber por v me distes a que ora de mym vistes quando vos vier tomay.

Cabo. "Todos fostes muy ingratos e de pouco conhecer bem quisestes parecer os do tempo de pylatos."

Extraordinary Impiety of the old Poems. THERE is one by ANTONIO DE MONTRO in praise of Isabel, Queen of Castile. It is blotted out by the Inquisitor more successfully than usual; but the burden is still legible.

"De vos el hijo de Dios

resubiera carne humana."

There follows an answer by Alvaro de Brito.

He says,

"polo qual vos onsaria

de dizer por esta vie

co que tenho de vos visto,

crerdes pouco em Jhesu Christo

menos em sancta Maria.

*

"tentando como diabo

*

a rraynha tam em vao. *

*

"Mas se vos disereys tal nos rreynos de Portugal logo foreys dom rroupeyro cum baraço dazeytero hoc fogo de Sant barçal.

Vos na ley soes omē velho da cabeca até os pes muy amyguo de mousees, y novo no evangelho."

The Condell Moor says,

"Dios al buen amador nunca demanda pecado."

This also is scrawled out.

Do Macho rruço de Luys Freyre estando para

morrer.

"Pors que vego que Deos quer
deste mundo me levar
quero bem encaminhar
a minha alma sse poder.
Em quanto eston em meu syso
a morte dando me guerra
mando alma ao parayso
de sy o corpo aa terra.

"E mando loguo primeyro
em quanto vivo me sento
que deste meu testamento
seja meu testamenteyro
Meu irmão o de barrocas
que eu mays que todos amo
por sempre fugir a trocas
a servyr muy bemssen amo.

"O qual me fara levar

con muy grão solenydade
ao rrossyo da trindade
hu me mando enterrar.
Poys me daly governey
gram parte de minha vyda
a carne que levarey
aly deve sser comyda.

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PEDRO I.-FERNA DA SILVEIRA.

From the MSS. Cancioneiro of P. Pedro Ribeiro, Barbosa has extracted this poem by K. Pedro I.

"ADò hallara holgança

Mis amores:

Adò mis graves temores
Segurança:

Pues mi suerte

De una en otra cumbre llevantado
Llegome a ver d'elado tu hermosura
Despues la frente para frente a frente
Vi en blando accidente amortecide:
Passome el sentido tan adentro

Que ha llegado al centro do amor vive:
Mas como no recibe mi razon.
Tu fiera condicion entre las manos
Desechos mis deseos

De un sobresaltado
El alma has arrazada;
Los montes echos llanos

Dò toda mi esperança era fundada :
Si esto das por vida, que por muerte
Dar Senora podea pecho tan fuerte."

This is the earliest specimen of Moorish metre, and by the way in which the beginning is printed, I suspect neither the MS. collector nor Barbosa understood it.

Trovas de Ferna da Silveira coudel moor, a seu sobrinho Garcya de Melo de Serpa, dado lhe regra pera se saber vestyr e tratar o paço.

"Poys vos tacham de cortes
sobrinho gentil cunhade
sobralto alvo delgado

nam ha mays em hua françes
E qua barba tenhaes pouca
poys bem vestir vos alegra
rregeuos por esta rregra
que fundey vyndo darouca.

"A qual poys em sy he boa e geeralmente vem bem que fara ao que tem bom corpo boa pessoa E poys tendes estas ambas tendes quanto aves mester se o vaao damor vos der per lugar que cubraas chabas.

"Mas eu perdoado seja

se falar hu me nam chamam
poys que sam dos que vos amã
que mays vosso bem deseja.
Cunhado nam duvideys
que isto trago porley
e por isso me fundey
descrever as que lereys.

"Duas cousas que nam calo
ha no paço de seguir
hua he saber vestir
a outra saber tratalo

As quaes ponho por escryto

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em estylo verdadeyro
e falo logo primeyro
no vestir ja sobredito.

'Capatos de basylca
pontylhas so bolo mole
as calças tyrem de fole
rroscadas como obrea.
Tragam sas de marear
forradas dyrlanda parda
ca cousee que muyta larda
pera gram bomborrear.

Que trouver porta dolāda camisa trazer nam cure menores porem ature porque nam pendã aa banda. O gybam de qualquer pano na barriga bem folgado dos peytos tam agastado que seu dono tragou fano.

"De pelote se guarneca pouco menos do artelho seja de branco e vermelho que sam cores de cabeça. Pardylho deve mantam sobrele trazer cuberto polas ilhargas aberto ventaes pola cabeçam

Deve trazer cramynhola

nam menos de tres batalhas tam fyna que tomas palhas comaa dalvaro meola. O capelo ande no ombro feyto comoo do syntrão tragoo cabo em hua mão e na outra huũ cogombro.

"Luuas dhuu soo poleguar feytas de pele delontra galante que as encontra nam lhe devem descapar. Estas taes de meu conselho toda via auelas ha

e item mays trazeraa balver que em huũ goalho.

"Traga çinta de verdugo pejada com capagorja ca tal par sabee que forja huu valente patalugo. De grandes bugalhos traga ho pescoço huù boo rramal porque escusa fyrmall

e a bolsa nam estraga.

"O que for assy aposto

nam he galante de borra nem deos queyra que se corra perolhe corram de rrosto. Calguus sam ja conhecidos e poder sam nomear que trazem por paçejar motejar dos bem vestidos.

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