Poemas lusitanos, Volumen2

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Na Regia officina typografica, a'custa dos Irmãos Du-Beux, à Cruz de Pào.., 1771 - 351 páginas

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Página 13 - Andrade, da carreira que errada levas (com tua paz o digo): alcançarás tua glória verdadeira. Té quando contra nós, contra ti imigo te mostrarás? Obrigue-te a razão, que eu, como posso, a tua sombra sigo. As mesmas Musas mal te julgarão, serás em ódio a nós, teus naturais, pois, cruel, nos roubas o que em ti nos dão. Sejam...
Página 19 - Livr. I. Cart. 3. •f For example : — O bem sempre por mal, o mal por bem, Por virtude o mor vicio, e por prudencia O que menos o he, seguem, e crem. Ao vao prodigo dam magnificencia, Chamam o deshonesto, homem de damas, E louvam, e ham iveja a incontinencia.
Página 101 - Povo, e cruel, e cego? que esperança Me dás? que nem mintir, nem servir sei. Quem dos Céus um sossego bom alcança, Mais não deseje: é livre, é Rei, é rico, 15 E tem da vida a bemaventurança.
Página 55 - S'obra em verso arte mais, se a natureza ? Uma sem outra vale ou pouco ou nada. Mas eu tomaria antes a dureza Daquelle, que o trabalho, e arte abrandou, Que desfoutro a corrente, e vã presteza.
Página 54 - Um apaga; imortal faz d'outro o escrito. A primeira lei minha é, que de mim Primeiro me guarde eu, ea mim não crea, Nem os que levemente se me rim. Conheça-me a mim mesmo: siga a vea Natural, não forçada: o juízo quero De quem com juízo, e sem paixão me lea. Na boa imitação, e uso, que o fero Engenho abranda, ao inculto dá arte, No conselho do amigo douto espero. Muito, ó Poeta, o engenho pode dar-te. Mas muito mais que o...
Página 66 - Que justiça será, que não releve não sair á vontade a obra igual? (pois pelo intento só julgar se deve.) No livre peito e coração Real este o bem commum sempre fundado; não pode de tal fonte manar mal.
Página 57 - De tanto imigo às vezes há de ser, Convém tempo esperar, e ir bem armado. Isto me faz, Bernardes meu, temer No teu, como no meu: não vai escusa; Dói muito ver meu erro, e arrepender. Quem louva o bom? quem bom e mau não escusa?
Página 73 - Seguia-se evidenciar tambem que os negocios da republica nem sempre matavam o estro, posto que a regra seja essa infelizmente. Haja vista ao Soares de Passos, que enterrou a Musa sob os autos forenses, e morreu; haja vista ao Alexandre Braga, que está mudo, ao João de Lemos, ao Pereira...
Página 11 - Mais obrigado sou eu a aproveitar a mim e aos meus, que àquele que de mim está arredado?» Getas, Arábios, Persas e Caldeus, Gregos, Romãos e toda a outra gente nascem, vivem e morrem pêra os seus.
Página 88 - Naturalmente de ocio, só de gloria, Só de virtude, e de saber amigo. Quando será que eu veja a clara historia Do nome Portuguez por ti entoada , Que vença da alta Roma a grã memoria? Não me foy dado sprito, não foy dada Igual boca ao grã canto. Bom desejo Não basta : a ti a alta empreza está guardada. Desse...

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