O Lyma de Diogo Bernardes: Em o qual se contém as suas eglogas, e cartas ...

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Officina de A. Vicente da Silva, 1761 - 275 páginas

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Página 169 - Tanto mais vale o engenho, s'arte se ata. Não prende logo a planta, não florece. Sem ser da destra mão limpa e regada Co 'o tempo, e arte flor, fructo parece.
Página 34 - Com grande inveja duns, doutros espanto : Agora em longo sono os olhos cerras, Agora estes meus abres ao pranto; Mas eu não choro só, que choram montes, Vales, bosques e prados, rios, fontes. Por ti aves e feras chorar vejo, Os Sátiros, os Faunos, os Pastores, Minho, Douro, Mondego, Lima e Tejo. A folha o louro perde, o campo as flores, As louras Ninfas deixam, com desejo Saudoso de ver-te, seus lavores, E pola triste praia, em grito solto, Teu nome com suspiros vai envolto.
Página 71 - As redes reeolheo, remos e velas: Que gosto, ó Lilia, (disse) ou que desgosto Te move a me negar, vendo qual ando, Teus olhos cor do ceo, teu alvo rosto? Se tu queres que pene desejando, Se queres que no mar em fogo viva; Ardendo sempre este, sempre penando. Mas olha, ó branda Lilia, (antes esquiva) Que não merece ser tão mal tratada Hum'alma desses olhos tão captiva.
Página 199 - Aos corpos a devida sepultura. Cesse (por quem Tu és!) tamanho mal, Converta teu furor em piedade A fé nunca quebrada em Portugal. — Que me dirás a isto, amigo Andrade? Ficava porventura por passar Outro infortúnio algum em nossa idade.
Página 34 - Que engano à morte faz, dá vida ao nome; Teu som, que vai do tempo triunfando, (Por mais que tudo vença, tudo dome) O caminho do Céu nos vai mostrando. Quem não quiser errar, por guia o tome; A ti siga, bom Sá, por ti se guie; Desconfie de si, em ti confie. Os bravos touros tua doce lira Trazia ao manso jugo, ao duro arado; Dos lobos amansava a cruel ira; Detinha os rios; não negava ao gado (Ao triste gado, que por ti suspira...
Página 122 - D'alguns cantarei eu, se por ti venho A levantar me tanto que na fonte Castalia mate o grande ardor que tenho. Cingida de louro verde a branca fronte, Então ouvirás tu mais alta rima, 65 Ledo que por ti cante e por ti conte.
Página 122 - D'alguns cantarey eu, se por ti venho A levantarme tanto, que na fonte Castalia mate o grande ardor que tenho Cingida de louro verde, a branca fronte 5 Entaõ ouvirás tu mais alta rima Ledo, que por ti cante, e por ti conte.
Página 171 - De tanto imigo ás vezes a de ser, Convem tempo esperar, e ir bem armado. Isto me faz, Bernardes meu, temer No teu, como no meu : não val escusa. Doe muito ver meu erro, e arrepender : Quem louva o bom? quem bom, e máo não accusa?
Página 121 - Já livre de tamanhos desatinos, O fogo morto, rotas as cadeas, Canto alegre ao ceo odas e hinos. 45 Cobrei, desque bebi nestas leteas Aguas do patrio Lima, o ser perdido: Esta verdade quero que me creas. Do tempo mal gastado arrependido, Queria (se podesse), o que me fica 50 Que fosse em melhor uso despendido. Por isso...
Página 30 - O gofto de mais ver logo perdi. Muitas ovelhas tenho, e as mais delias Parem, de cada parto, dous cordeiros, O leite tambem he dobrado nellas. Tenho cem cabras mais, que dous rafeiros, Hum malhado de negro.outro de brãco , Nos vales guardaó fempre.c nos outeiros.

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